ÍNDICE
Tipos de Vôo
...........................3
Vôo pairado ............................3
Arrasto de Fuselagem ...................4
Efeito de Cone .........................4
Efeito de Solo .........................5
Ressonância com o Solo .................5
Vôo com deslocamento ...................5
Efeito Pendular ........................7
Dissimetria de Sustentação .............7
Sustentação de Deslocamento ............8
Fluxo Transverso .......................8
Distribuição da Sustentação ............9
Estol ..................................9
Curva do Homem Morto ..................12
Fator de Carga
........................12
Velocidades............................13
Auto-rotação ..........................13
Estabilidade ..........................15
Precauções Gerais .....................16
Condições de vôo X Performance
.......17
Manobras de Vôo .......................19
Dicas para um bom vôo .................26
TEORIA
DE VÔO
TIPOS DE VÔO
O helicóptero, por possuir
asas rotativas, tem a capacidade de executar o vôo pairado, pois as pás estão
em deslocamento em relação ao vento, e o vôo com deslocamento.
VÔO PAIRADO (rover – do inglês Hover)
Tipo de vôo no qual o
helicóptero se encontra imóvel em relação a um ponto, diz-se do helicóptero em
vôo pairado, está roverando. Teoricamente, a velocidade no vôo pairado não é
zero, pois, a velocidade do helicóptero depende da velocidade do vento relativo
(para a aerodinâmica tanto faz, o corpo ou o vento em deslocamento), sendo a
posição do disco de rotação, inclinada na direção contrária e na mesma intensidade
do vento, na qual o helicóptero terá todas as reações de que como estivesse
voando horizontalmente na velocidade do vento.
No pairado existem três
grandes forças verticais que na realidade resumem-se a duas, que são iguais,
porém em sentido contrário. São elas: Sustentação ( L ) e Peso( W ), que é
acrescido da terceira força que é o Arrasto de Fuselagem (DF ou DP).
No vôo pairado, sem vento,
a sustentação é uniforme, as duas metades do disco de rotação (esquerda e
direita) estão operando com a mesma velocidade aerodinâmica, ângulos de ataque
iguais e, portanto sustentação igual em todo o disco. Nesta situação o disco de
rotação e as estrelas estacionária e rotativa estão paralelos entre si e ao
solo, entretanto, a rigor, todo o conjunto está ligeiramente inclinado para a
esquerda (helicópteros anti-horário) para compensar o torque, na verdade para
compensar a deriva para a direita provocada pelo rotor de cauda.
O empuxo resultante das
forças do rotor principal é para cima, de modo que é exercida sobre a massa de
ar uma força para baixo.
NOTA: O peso máximo de decolagem e o teto máximo para o vôo pairado podem ser definidos pela limitação de potência, melhor do que pela capacidade aerodinâmica de sustentação do rotor principal.
ARRASTO DE FUSELAGEM (DF OU DP)
É o arrasto provocado pelo ar jogado para baixo, pelo
rotor principal, que vai de encontro com
a fuselagem. É uma força na perpendicular do vento relativo, portanto uma força
vertical que não colabora em nada para a sustentação, tem sentido contrário a
esta. É um dos fatores que limitam o teto máximo no vôo pairado, sendo uma
característica deste tipo de vôo, pois, em deslocamento (+/- 15 MPH) esta força
desaparece, devido á inclinação do disco de rotação e ao aparecimento do vento
relativo, fazendo com que o ar jogado para baixo incline-se para trás.
EFEITO DE CONE
É o enflexamento excessivo
(para cima) das pás do rotor principal que não giram no plano recomendado,
causando além de uma perda muito grande da sustentação (diminui a área útil de
sustentação), um esforço muito grande de flexão nas pás, podendo resultar na
quebra destas.
É provocado pela composição
de duas grandes forças: sustentação e centrífuga (aumento da sustentação e
decréscimo da centrifuga). É agravado em atitude de cabradas, curvas ou
manobras bruscas, peso excessivo, ventos ascendentes e principalmente baixa RPM,
fatores que aumentam consideravelmente o fator carga.
OBS: - A diminuição da RPM
acentua o efeito de cone, aumentando a possibilidade de quebra das pás;
- O aumento excessivo da RPM provocará uma
antecipação do efeito de compressibilidade, como também uma quebra das pás
(largar a pá do punho) causada pelo aumento da força centrífuga.
Por este motivo existe um
limite de RPM (estipulado pelo fabricante do helicóptero) tanto para mais como
para menos.
NOTA: Um certo cone é tolerado e inevitável, principalmente nos rotores articulados (movimento livre das pás) não podendo, entretanto, ter um ângulo muito acentuado, o que caracteriza o Efeito de Cone.
EFEITO DE SOLO (FLUTUAÇÃO)
É o ganho extra de
sustentação que o helicóptero adquire, sendo máximo quando se encontra no vôo
pairado até uma altura máxima de metade do diâmetro do rotor principal,
resultando em um aumento do teto do helicóptero no vôo pairado. A partir desta
altura, metade do diâmetro do rotor principal, perde completamente a sua
eficácia.
É uma consequência do ar
comprimido (alta pressão) pelo rotor principal, contra o solo, formando um
colchão de ar abaixo da área de cone. A direção e a quantidade de ar são de
grande importância, sendo o efeito diretamente proporcional ao ângulo de ataque
das pás do rotor principal, neste caso tem maior importância que a RPM,
provocando um aumento da densidade do ar abaixo do disco de rotação que voltará
de encontro ao rotor principal, aumentando a sustentação deste.
É a aplicação da Terceira
Lei de Newton, onde o helicóptero está “tentando empurrar a Terra para baixo”.
O tipo de terreno também é
de grande importância, pois quanto mais consistente e plano for o terreno,
maior a quantidade de ar defletida (para cima e para fora) aumentando a sua
eficiência, perdendo eficácia em grama, capim alto e água onde o efeito é
praticamente desprezível. Ao sair dos parâmetros do efeito de solo, a pressão
positiva (alta) abaixo de área do cone dissipa-se rapidamente.
É conhecido
internacionalmente pelas siglas:
IGE (In Ground Efect) = Dentro do Efeito de Solo
OGE (Out Ground Efect) = Fora do Efeito de Solo
Ver vídeo da saída do
Efeito de Solo, AFUNDAMENTO, na pasta VIDEOS AVIAÇÃO
RESSONÂNCIA COM O SOLO
É sentida como uma
vibração violenta e progressiva, devido ao desequilíbrio do colchão de ar sob o
rotor principal. É causada pela descentralização do centro de massa do rotor,
que por sua vez é causado pelo movimento de avanço e recuo da pá.
Muita
atenção: esta vibração pode destruir o helicóptero em questão de segundos.
A ressonância é sempre uma
probabilidade, que só ocorrerá com o helicóptero dentro do efeito de solo.
Sendo que a probabilidade
aumenta bastante em helicópteros com: rotor articulado, amortecedores de
arrasto descalibrados, pneus e amortecedores no trem de pouso descalibrados,
terrenos acidentados ou de consistência diferente, engrazamento e
desengrazamento do rotor com o motor, cheque de magnetos, táxi, pousos e
decolagens.
Correções:
1 – Se com RPM (potência)
suficiente, tirar o helicóptero imediatamente do efeito de solo;
2 – Se com baixa RPM
(potência), fechar toda a manete, coletivo em mínimo e aplicar o freio do rotor
(com as devidas precauções).
Ver vídeo GROUND RESONANCE,
RESSONÂNCIA 1 e 2, na pasta Vídeos Aviação.
Faça o Teste GR I
VÔO COM DESLOCAMENTO
Devido à maneira com a qual
emprega as asas o helicóptero pode fazer três tipos de vôo, que são: Pairado
(sem movimento em relação ao solo), Vertical (sustentação maior que o peso) e
Horizontal (tração maior que o arrasto).
Vertical
Com o helicóptero no pairado puxa-se o coletivo, alterando o ângulo de ataque das pás coletivamente (em todos os setores do plano de rotação as pás tem o mesmo ângulo de ataque), tendo-se uma maior ou menor sustentação (coletivo para cima ou para baixo), com mais coletivo a sustentação fica maior que o peso fazendo o helicóptero subir.
Tração =
arrasto Tração = arrasto
Sustentação maior que peso
= vôo ascendente Sustentação
menor que peso = vôo descendente
Horizontal
Nas aeronaves de asas
fixas, a força de tração é obtida da força provocada pela hélice, puxando o ar
para trás. Nas aeronaves de asas rotativas é obtida pela inclinação do vetor
sustentação que decompõe com o peso, fato muito mais complexo e que gera várias
outras forças, algumas benéficas e outras maléficas ao vôo.
A força de tração é
conseguida pela inclinação do comando cíclico (ângulos diferentes em cada setor
do plano de rotação – através da unidade misturadora), aumentando a sustentação
na metade traseira e diminuindo na metade dianteira do plano de rotação, fato
que provocará uma inclinação neste. Esta inclinação deve-se exclusivamente a
mudança de passo cíclica (ângulos diferentes para cada setor que a pá se
encontre).
Com a decomposição da sustentação
em duas forças, uma vertical (R.A – resultante aerodinâmica) e outra inclinada
na direção da metade mais baixa do plano de rotação, sendo que é desta
combinação de forças (peso e sustentação) que surgirá a força de tração. Que é
uma força na horizontal, portanto mesma direção e sentido contrário ao vento
relativo.
Ao aparecer a tração,
tem-se o aparecimento do efeito pendular (o helicóptero – fuselagem - tem a
tendência de inclinar-se no mesmo
sentido do plano de rotação); mais a diminuição da sustentação em função da
inclinação do plano de rotação e a perda do efeito de solo, faz com que o
helicóptero tenha a tendência de afundar por inteiro no início do deslocamento,
havendo uma necessidade de maior potência para manter-se a altura do vôo. A
tração é inversamente proporcional a sustentação; maior tração, maior
inclinação do disco de rotação, resultando em uma menor sustentação.
Desta forma chega-se a conclusão que a direção e velocidade são uma consequência direta do batimento forçado pelo comando cíclico.
Tração maior que arrasto = vôo em aceleração
Tração menor que arrasto = vôo em desaceleração
OBS: Devido a inclinação
do plano de rotação para um aumento da velocidade, a sustentação diminuirá,
e com a diminuição
da velocidade, a sustentação, aumentará.
EFEITO PENDULAR
Nos helicópteros o
CP fica muito acima do CG, e quando um deles é deslocado, cria uma tendência
para que o CG se alinhe com a força de sustentação, iniciando um movimento
pendular (igual ao pendulo de um relógio).
É o movimento lateral ou
longitudinal, característico das aeronaves de asas rotativas que se progressivo
pode tornar o helicóptero incontrolável, chegando a ponto de “derrubá-lo”.
Surge por causa da inércia
da fuselagem em acompanhar o movimento de inclinação do plano de rotação e pelo
Efeito da Rigidez Giroscópica que tende a manter um corpo em seu momento de
equilíbrio, que no caso do helicóptero é bem acentuado devido a distância entre
o rotor e a fuselagem, fazendo com que o mastro tenha a tendência de alinhar-se
perpendicularmente ao plano de rotação. O Efeito Pendular é agravado com
comandos ou correções bruscas no cíclico.
Em caso de entrar-se neste
efeito o procedimento mais correto será a parada total da mão (comando cíclico),
e não tentar a correção da tendência.
cíclico em neutro
cíclico no sentido longitudinal
cíclico no sentido lateral
Ver vídeo PENDULAR (PIASECKI
H21, na pasta Vídeos Aviação).
DISSIMETRIA DE SUSTENTAÇÃO (EFEITO TRANSLACIONAL)
Foi o fato que mais
problemas trouxe para o desenvolvimento do helicóptero, sendo somente,
resolvido por Juan de La Cierva, na década de 20.
Dissimetria de Sustentação
ou Efeito Translacional é a desigualdade de sustentação entre a metade direita
do plano de rotação (pá que avança) e metade esquerda (pá que recua). Essa
desigualdade deve-se a velocidade
do ar que passa sobre as pás (velocidade aerodinâmica). A pá que avança tem uma
velocidade aerodinâmica maior que a pá que recua, sendo a sustentação igual à
massa de ar que passa por um aerofólio na unidade de tempo, tem-se maior
sustentação na metade direita do plano de rotação.
Manifesta-se no início do
deslocamento (no vôo pairado, sem vento, a velocidade aerodinâmica das pás é
igual nas duas metades do plano de rotação). Porém, quando é iniciado o
deslocamento, a pá que avança terá maior sustentação em relação a que recua,
embora a RPM seja a mesma, a velocidade aerodinâmica é maior na pá que avança,
fazendo com que o helicóptero tenha a tendência de: girar “touneaux”
(rolamento) para a esquerda.
A solução para este
problema é alterar a sustentação através da mudança de passo cíclica, pá que
avança, maior sustentação, menor ângulo de ataque; pá que recua, menor
sustentação, maior ângulo de ataque. Esta mudança de passo cíclica é conseguida
pelo uso da Unidade Misturadora (Swash Plate). Por uma ação do cíclico tem-se a
inclinação da estrela estacionária, que por sua vez, através de rolamentos,
inclinará a estrela rotativa que está ligada ao rotor principal por hastes,
alterando o ângulo de ataque de cada pá de acordo com o setor do plano de
rotação que esta se encontre.
Desta forma tem-se uma
sustentação igual em todo o plano de rotação, fazendo o helicóptero deslocar-se
em velocidade constante, porque para aumentar a velocidade tem-se que inclinar
mais o plano de rotação, desigualando novamente a sustentação, tendo um novo
ângulo para cada setor que a pá se encontre, equalizando novamente a
dissimetria de sustentação.
NOTA: 01- As explicações
acima têm como base os helicópteros que giram o seu rotor principal no sentido
anti-horário, para os helicópteros horários tem-se os mesmos efeitos porém com
lados invertidos.
02- O rotor de cauda também sofre o
problema da dissimetria de sustentação que é anulada pelo batimento em conjunto
de suas pás.
Ver mudança de passo no heloblades, na pasta adicional.
SUSTENTAÇÃO DE DESLOCAMENTO (EFEITO DE TRANSLAÇÃO)
É a sustentação adicional
que o rotor principal desenvolve quando o helicóptero entra no vôo com
deslocamento horizontal. Sendo efetiva quando o helicóptero atinge a velocidade
de +/- 15 MPH, devido ao aumento da eficiência do rotor principal; a velocidade
do ar induzido para baixo soma-se a velocidade de deslocamento, fazendo com que
o ar passe mais facilmente pelo rotor. Neste caso, a potência requerida será
menor, porém, crescendo com a velocidade, sendo mais eficaz entre as
velocidades de 40 a 60 MPH.
Para velocidades superiores
a 60 MPH, quando as resistências parasitas vencem o efeito de translação, a
potência requerida deve aumentar (em maior proporção) com a velocidade,
necessitando de maior potência para manter a altitude.
FLUXO TRANSVERSO
É a diferença de arrasto
entre a parte dianteira e traseira do disco de rotação, causada pelo ar
desviado pela dianteira (maior velocidade para cima) e na parte traseira (maior
velocidade para baixo), resultando numa maior permanência das partículas de ar
sobre o aerofólio, devido ao maior ângulo de ataque (pá que recua – setor
traseiro esquerdo). Este fato gera um arrasto induzido maior na parte traseira
do disco, provocando, além de uma vibração lateral de 2:1 (freqüência
intermediária), uma tendência no rotor principal em cabrar, sendo esta
tendência diretamente proporcional à velocidade de deslocamento, sendo mais
acentuada entre as velocidades de 11 e 23 MPH.
DISTRIBUIÇÃO DA SUSTENTAÇÃO
Pelo tipo de asa (rotativa) que possui, pode-se distinguir
“várias sustentações” no vôo do helicóptero, que são: Em torno do aerofólio
(extra e intradorso), ao longo da pá (raiz e ponta) e ao longo do disco.
1- Em torno do aerofólio – De acordo com o Princípio de Bernoulli, se a velocidade do ar
aumenta sua pressão estática diminui. Como o ar é acelerado no extradorso, este
terá uma menor pressão estática, colaborando com um percentual que varia de 70
a 100 % da sustentação. Com a desaceleração do ar no intradorso, tem-se maior
pressão estática, que vai colaborar com um percentual que varia de 00 a 30 % da
sustentação. Desta forma pode-se chegar a conclusão que o maior percentual de
sustentação vem do diferencial de pressão entre extra e intradorso, em relação
ao ar que é jogado para baixo pelas pás do rotor principal.
2- Ao longo da pá (raiz,
intermediária e ponta) – Apesar de girar com a
mesma RPM, a ponta da pá tem uma velocidade aerodinâmica maior que a raiz
(velocidade da ponta em torno de 500 MPH – velocidade da raiz em torno de 00
(zero)MPH), como a sustentação varia com o quadrado da velocidade, a ponta da
pá tem uma sustentação muito maior que a raiz. Para compensar esta distribuição
desigual da sustentação, a pá apresenta uma torção em torno de seu eixo
longitudinal, onde, na raiz o ângulo de ataque é maior que o da ponta, ficando
a estação intermediária como a que mais colabora para a sustentação ao longo da
pá.
3- Ao longo do disco de
rotação (parte dianteira x traseira, través direito x esquerdo) – No vôo pairado ou retilíneo uniforme, vôo de cruzeiro (sem
aceleração e/ou curva), a sustentação é igual em todo o disco de rotação. Fora
destas situações, a sustentação será desigual em determinadas partes do disco,
dependendo do comando (cíclico) utilizado. Com aceleração positiva a
sustentação será maior na parte traseira do disco, em curvas para a direita
maior na esquerda e vice-versa.
Faça o teste GR II
ESTOL
É a perda de sustentação
repentina, devido a separação dos filetes de ar do aerofólio, produzindo um
fluxo no sentido reverso (turbilhonamento). Neste momento o ar, turbilhonado,
aumenta a pressão no extradorso, diminuindo ou acabando com o diferencial de
pressão, principal fator de sustentação. No perfil simétrico este fato é
retardado devido ao pequeno “passeio” do centro de pressão.
O estol pode ser antecipado
por vários fatores, entre estes se destaca a altitude, devido a baixa densidade
do ar, sendo também antecipado a baixa altitude, porém com elevada umidade e
altas temperaturas.
No helicóptero pode-se
destacar os estois de: Potência, Turbilhonamento, Pá e Ponta de pá.
ESTOL DE POTÊNCIA
Tem como característica a
velocidade nula, sendo agravado em situação de baixa RPM e baixa densidade.
Surgindo da tentativa de fazer o vôo pairado, principalmente fora do efeito de
solo, não sendo suficiente a potência para tal. Situação esta que leva a um
grande ângulo de ataque, porém, o helicóptero começa a afundar com razão de
descida crescente.
RECUPERAÇÃO: Coletivo em
mínimo (a pá está com grande ângulo de ataque, exigindo uma maior potência e
uma maior RPM), cíclico para frente (na tentativa de ganhar a sustentação de
deslocamento), e RPM para o máximo recomendado (sustentação varia com o
quadrado da velocidade – RPM).
OBS: No vôo pairado ou em
baixa velocidade há de se prestar especial atenção quando se voa de um local de
alta densidade para um local de baixa densidade, devido ao estol de potência.
ESTOL DE TURBILHONAMENTO (ANEL DE VORTICIDADE)
Caracteriza-se pelo
turbilhonamento excessivo do ar causado pela passagem o aerofólio chegando a
criar um anel de vórtice em toda a área da pá, quando se perde toda a
sustentação, que resultará em um afundamento violento do helicóptero.
Podendo ocorrer em duas
fases: no vôo com potência e no vôo sem potência (auto-rotação).
VÔO COM POTÊNCIA: Pode
ocorrer em uma grande razão de descida com pouco ou nenhuma velocidade de
descolamento horizontal. Como a aeronave esta descendo, pega o ar turbilhonado,
na área abaixo do rotor, turbilhonando-o ainda mais e assim sucessivamente, até
criar o anel de vorticidade ao longo da pá. Neste ponto o helicóptero começa a
afundar violentamente e os comandos atuam com um retardo considerável.
RECUPERAÇÃO: Coletivo em
mínimo para diminuir o turbilhonamento; cíclico à frente, para ganhar a
sustentação de deslocamento e deixar o ar turbilhonado para trás e RPM no
máximo recomendado.
Obs: A razão de descida crítica varia de acordo com o peso, RPM do rotor, altitude, densidade e outros fatores pertinentes, porém uma maior incidência foi percebida entre +/- 500 e 1000’, com velocidade inferior a 30 Kt.
Descida vertical com potência muito acentuada
VÔO SEM POTENCIA
(AUTO-ROTAÇÃO): Pode ocorrer no momento seguinte ao flare (parada rápida), no
qual é acionado o coletivo, para cima, a fim de amortecer o pouso.
NOTA: Em auto-rotação o
fluxo do ar no motor principal tem seu sentido invertido, passando de baixo
para cima, estando turbilhonado na área acima do rotor. Quando o coletivo é
acionado puxa este ar para baixo, podendo criar o anel de vorticidade.
RECUPERAÇÃO: Mesmo
procedimento do item anterior.
ESTOL DE PÁ
É o principal fator da
limitação de velocidade do helicóptero no vôo para frente, resultando na perda
de sustentação da pá que recua devido ao seu grande ângulo de ataque.
A pá
que recua tem
uma velocidade aerodinâmica muito menor que a pá que avança (dissimetria
de sustentação), para compensar esta falta de sustentação ela trabalha com um
ângulo de ataque muito maior. À medida que aumenta a velocidade, o ângulo
também é aumentado, podendo chegar a um limite máximo, ultrapassando o ângulo
de estol e perdendo a sustentação.
Este estol começa na raiz
da pá (maior ângulo) caminhando para a ponta, sendo sentido com maior
intensidade quando estola a região intermediária (região de maior sustentação).
O estol da pá que recua,
acontece no través esquerdo (posição 270º), momento que a pá está mais a favor
do vento relativo. Porém só é sentido 90º depois (precessão giroscópica), na
parte traseira do disco de rotação (posição 180º). Este fato resultará em uma
violenta cabrada do helicóptero.
Nota: Esquema para
helicóptero anti-horário
Fatores que podem antecipar
ou agravar o Estol de pá: Peso excessivo, Elevada altitude densidade (AD – ar
rarefeito), Baixa RPM do rotor principal, Manobras bruscas, posicionamento do
CG e o principal fator Elevada velocidade.
Recuperação: Coletivo em mínimo para diminuir o ângulo de ataque, cíclico para trás para diminuir a velocidade, RPM no máximo recomendado para aumentar a sustentação.
Grande ângulo de ataque
ESTOL DE PONTA DE PÁ (EFEITO DE COMPRESSIBILIDADE ou ESTOL DE
MACH)
O estudo do fenômeno da
compressibilidade do ar é muito complexo, fugindo ao objetivo desta apostila,
onde, porém, torna-se necessário uma pequena explicação deste fenômeno.
No vôo subsônico, o ar é
considerado um fluido incompressível, podendo ser desprezadas as variações de
densidade e temperatura, causadas pelo movimento do aerofólio. Quando a
velocidade de escoamento do ar atinge velocidade próxima a do som, o ar passa a
ser um fluido compressível, daí o termo “efeito de compressibilidade”, variando
completamente o seu comportamento.
A compressibilidade surge
com a formação da onda de choque sobre o aerofólio em velocidade muito elevada
(velocidade transônica). A onda de choque por sua vez surge com a desaceleração
muito rápida do escoamento do ar, deslocando os filetes de ar (camada limite),
ocasionando um turbilhonamento e a consequente perda repentina de sustentação
ou estol.
O estol de ponta de pá é
causado por velocidade excessivamente alta, portanto, afetará primeiro a ponta
da pá que avança. Causando uma vibração e uma tendência de rolamento para a
direita do helicóptero.
Recuperação: Coletivo em
mínimo, cíclico para trás e manter a RPM (que não pode ser aumentada, que neste
caso aumentará a velocidade da pá, aumentando o efeito do estol).
RECUPERAÇÃO DOS VÁRIOS
TIPOS DE ESTOL
ESTOL COLETIVO CÍCLICO
MANETE CARACTERÍSTICA
VELOCIDADE NULA
POTÊNCIA MÍNIMO FRENTE
MÁXIMO FALTA DE POTÊNCIA
TURBILHO MÍNIMO FRENTE
MÁXIMO POUCA VELOCIDADE
NAMENTO GRANDE
RAZÃO DE DESCIDA
PÁ MÍNIMO TRÁS
MÁXIMO PÁ QUE RECUA
MUITO ÂNGULO
PONTA DE MÍNIMO
TRÁS MANTER
PÁ QUE AVANÇA
PÁ MUITA
VELOCIDADE
OBS: No quadro acima, rpm
(manete) no máximo, significa no máximo recomendado pelo fabricante da
aeronave.
CURVA DO HOMEM MORTO (RELAÇÃO ALTURA X VELOCIDADE).
É o gráfico determinado por
eixos cartesianos com dados de altura x velocidade, identificando as partes do
envelope de vôo a partir das quais pode ser efetuado um pouso com segurança
após uma pane do motor. Enfim, mostra as condições em que se deve operar o
helicóptero com margem de segurança.
Este gráfico é normalmente
encontrado no Manual de Vôo, sendo específico para cada tipo de helicóptero.
OBS: Não é necessário encontrar-se em vôo curvilíneo para estar dentro da “curva do homem morto”, em vôo retilíneo também se pode estar dentro dela. O termo curva vem do desenho descrito pela linha do gráfico.
Área A – Pode-se efetuar um pouso em auto-rotação, com segurança.
Área B – Impossível estabelecer um planeio em auto-rotação em caso de
pane no motor, por motivo da grande desaceleração do rotor principal, causada
pelo grande ângulo de ataque, baixa velocidade e pouca altura.
Área C – Quase impossível estabelecer um planeio pela grande
desaceleração do rotor principal, sendo que um pouso somente seria possível em
área pavimentada, pois o contato com o solo seria com grande velocidade, pois a
pequena altura não permitiria uma maior redução da velocidade.
Área D – Praticamente impossível estabelecer um planeio em auto-rotação,
pelas mesmas razões de “C”, sendo que o pouso exigirá uma grande habilidade do
piloto, mesmo em área pavimentada, pois, o contato com o solo se daria a uma
velocidade muito alta (além do limite) e de uma forma bastante violenta.
FATOR CARGA
É o peso do helicóptero
medido na cabeça do rotor principal, que em caso de curvas, parada rápida,
recuperação de mergulho ou manobras bruscas, aumenta consideravelmente podendo
levar à quebra das pás do rotor principal.
O fator carga varia na
razão direta do co-seno do ângulo da inclinação da curva ou manobra, de tal
forma que no vôo retilíneo
horizontal o fator carga será igual a 1 G (uma gravidade ou um peso do helicóptero).
Este aumento de peso dá-se
pelo aparecimento de mais uma força que vai atuar sobre a fuselagem, puxando-a
para fora do centro do movimento curvilíneo; que é a força centrífuga.
O aparecimento desta nova
força acarretará uma diminuição na amplitude do disco, diminuindo ainda mais a
sustentação.
O fator carga é
inversamente proporcional ao raio da curva, quando menor o raio, maior o fator.
Podendo ser calculado pela seguinte formula:
N= W x _1___ ( N: fator carga, W: peso da anv, α:
ângulo de inclinação do disco )
Cos α
VELOCIDADES
VNE (Velocidade
Nunca Excedida) – É a velocidade limite para o helicóptero em virtude de
(em ordem decrescente): Estol de pá, Estol de ponta de pá, Potência necessária,
Esforço na estrutura.
Esta velocidade sofre uma variação
(diminui) com os fatores que aumentam o ângulo de ataque da pá que recua, que
são: altitude densidade, peso, baixa rpm no rotor principal, posição do cg e
turbulência.
OBS: Mesmo restando amplitude do
comando esta velocidade não deve ser ultrapassada.
Velocidade de Menor Ângulo de Descida
(máximo alcance) – É a velocidade que permite ao helicóptero percorrer uma
maior distância, principalmente no caso de pane no motor. Em caso de uma
descida normal esta será a velocidade recomendada, pois permite um melhor
planeio.
No caso de descida, é menor que a de
menor razão de descida.
Velocidade de Menor Razão de Descida
(máxima autonomia) – Permite que o helicóptero voe por mais tempo.
Velocidade de Máximo Ângulo de Subida – O
helicóptero sobe com o maior ângulo possível, sendo ideal para decolagem em
área restrita, pois permite livrar os obstáculos mais facilmente. Mesmo durante
uma decolagem normal é recomendado o uso desta.
No caso de subida, é menor que a de
máxima razão de subida.
Velocidade de Maior Razão de subida –
Permite ganhar altura o mais rápido possível, é a velocidade que deixa uma
maior potência disponível.
Faça
o teste GR III
AUTO-ROTAÇÃO
É a capacidade que o
helicóptero tem de manter suas pás girando, no mesmo sentido e velocidade, no
caso de uma falha do motor, assegurando a perfeita manobrabilidade da aeronave
e permitindo um pouso com segurança em condições de emergência.
Em auto-rotação as pás se
mantêm girando por efeito aerodinâmico e por ação mecânica da roda livre, que
libera o rotor do motor (desengrazamento). O fluxo de ar tem seu sentido
invertido, passando pelo rotor principal de baixo para cima e formando um
grande ângulo de ataque (daí a necessidade de comandar coletivo em passo mínimo
imediatamente para que a RPM do rotor não caia em demasia).
Sentido do fluxo de ar durante a auto-rotação (reverso)
Para que o vôo e,
principalmente, o pouso em auto-rotação seja seguros é necessário que o piloto
tenha conhecimento das velocidades de maior alcance e menor razão de descida (é
menor que a primeira), as quais variam de helicóptero para helicóptero. Sendo a
velocidade de +/- 60 MPH ideal para a maioria dos helicópteros, dependendo da
direção e velocidade do vento natural.
Operando o helicóptero com
peso máximo, elevada AD e vento forte, a velocidade deverá ser ligeiramente
maior que a recomendada, para uma menor razão de descida; por outro lado, com o
helicóptero leve, baixa AD e vento fraco, a velocidade deverá ser ligeiramente
menor que a recomendada.
A falha do motor será
percebida por uma forte guinada (esquerda nos anti-horários e direita nos
horários) e por um baixamento do nariz.
Desta forma, o helicóptero em auto-rotação terá a tendência de curva para o
lado de rotação do rotor principal e em picar.
Comandos a serem usados em
auto-rotação.
-Cíclico – Depende da
velocidade de deslocamento e da direção e velocidade do vento
(ligeiramente para direta, nos anti-horários, esquerda nos horários), e
ligeiramente para trás, anulando a tendência em picar.
Sendo necessário ter em
mente que para uma boa auto-rotação deve-se levar em consideração a altura do
vôo, a velocidade de deslocamento e a rotação do rotor principal.
-Coletivo – Em mínimo, o ar
(de baixo para cima) mantém o rotor girando, desde que seja comandado passo
mínimo imediatamente.
-Manete de RPM – Totalmente
fechada, em caso de auto-rotação real, para que em caso do motor voltar a
funcionar não haver um disparo de RPM; na auto-rotação simulada, manter em
marcha lenta, para que o motor não pare realmente.
-Pedais – Aplicar o pedal
direito para manter a proa do helicóptero, não existindo mais o torque do
motor, não existe há necessidade do pedal esquerdo. Não aplicar o pedal para
fazer curvas, pois o uso do pedal pode roubar até 10% da potência do rotor
principal.
Em caso de variação de RPM durante a auto-rotação:
Disparo – Coletivo ligeiramente para cima, aumentando o arrasto, e consequentemente
diminuindo a RPM;
Queda – Cíclico ligeiramente para frente, aumentando a velocidade de
deslocamento, que vai aumentar a razão de descida, que por sua vez aumentará a
velocidade do fluxo de ar aumentando a RPM o rotor principal.
NOTA: 01- Um ganho
momentâneo de RPM é conseguido levando-se o cíclico para trás, porém, é um
ganho momentâneo, pois quando o cíclico for levado a sua posição inicial, a RPM
voltará a cair.
02- No procedimento para auto-rotação com
helicóptero pesado, vento forte, helicóptero pesado e AD elevada, a velocidade
deverá ser ligeiramente maior que a recomendada, para uma menor razão de
descida.
Com helicóptero leve, vento fraco,
helicóptero leve e AD baixa, a velocidade deverá ser ligeiramente menor que a
recomendada, para uma menor razão de descida.
03- Em curva a RPM tende a aumentar,
quanto menor o raio de curva, maior a tendência.
04- Em auto-rotação a velocidade é o controle primário de razão de descida. De zero a 60 MPH, grande razão de descida; 60 MPH, melhor razão de descida; acima de 60 MPH, a razão de descida volta a aumentar.
1 e 2- coletivo em baixo
(mínimo)
e manete de rpm
toda fechada;
3- manter velocidade
de deslocamento
e rpm do rotor
principal;
4- flare- cíclico para
trás, diminuindo
a velocidade
de deslocamento;
5- cíclico para frente
(ligeiramente a frente
do neutro,
nivelando o trem de pouso com o
solo);
6- puxar coletivo,
amortecendo o toque com o
solo.
ESTABILIDADE
Para um corpo estar em equilíbrio é necessário que todas as
forças que atuam sobre o mesmo estejam equilibradas por forças de mesma
intensidade e direções opostas, sendo que a soma dos momentos também deve ser
nula.
O equilíbrio divide-se em Estático e Dinâmico.
.ESTÁTICO – Leva
em consideração a tendência ao retorno ou não do helicóptero
quando perturbado, desprezando o estado do helicóptero após a
aplicação da força.
.ESTÁVEL
(POSITIVO) – Tende a voltar a posição inicial de equilíbrio;
.INDIFERENTE
(NEUTRO) – Tende a equilibrar-se em uma nova posição.
OBS: A tendência não garante o retorno e a
permanência à posição inicial.
.DINÂMICO – Leva
em consideração a resultante do movimento no tempo,
analisando a maneira que o helicóptero reage à força aplicada;
maneira como volta ou não a posição inicial.
.ESTÁVEL
(POSITIVA) – Tende a voltar com oscilações de amplitude
decrescentes e
suaves;
.INSTÁVEL
(NEGATIVA) – Tende a retornar a posição inicial com oscilações
de amplitude
crescentes e bruscas, não conseguindo
o objetivo;
.INDIFERENTE
(NEUTRA) – Tende a retornar a posição de equilíbrio em uma
nova posição.
No helicóptero a estabilidade dinâmica positiva e neutra, só
é encontrada com a atuação do comando cíclico, pois seu vôo depende de uma
determinada instabilidade.
OBS: A tendência em continuar na direção da força comprova a
instabilidade estática e o aumento da amplitude a instabilidade dinâmica.
ESTÁVEL
ESTÁVEL E DINÂMICO INSTÁVEL
ESTÁTICO INSTÁVEL INDIFERENTE
INDIFERENTE
1) Faça um pré-vôo criterioso, isto
pode salvar sua vida;
2) Não faça manobras acrobáticas;
3) Não cheque os magnetos em vôo;
4) Cuidado ao ajustar a mistura em vôo;
5) Taxi deve ser feito a baixa altura e
baixa velocidade;
6) Checar carga útil antes do vôo
(passageiros devidamente acomodados e com cinto
de segurança, bagagens balanceadas e amarradas, quantidade de
combustível e
óleo);
7) Muita atenção quando for pairar a
sotavento de um obstáculo (área de
turbulência);
8) Evitar o pairado dentro da Curva do
Homem Morto;
9) Sempre faça um pairado, dentro de
Efeito de Solo, antes de iniciar um vôo;
10) Em área turbulenta reduzir a
velocidade e manter a RPM no recomendado;
11) Sempre clarear a área antes de uma
manobra, principalmente quando praticando
auto-rotação, quando se deve, também clarear a área abaixo do helicóptero;
12) Cuidado com os objetos soltos
dentro da cabine, inclusive os cintos de
segurança que não estão sendo utilizados devem ser travados, pois podem
prender os comandos;
13) Em qualquer tipo de vôo manter, se
possível, dois referenciais externos;
Recomendações de Segurança
Voar bem (ter bom pé
e mão) não significa voar com segurança, pois as condições atmosféricas podem
alterar consideravelmente a performance da aeronave e, também, tem-se que levar em conta as limitações de
uma determinada aeronave.
Todas aeronaves
possuem um manual (Manual de Vôo) onde são encontradas todas as informações de
limitações e performance, que devem ser seguidas para um vôo seguro.
Não esquecer, que um
bom pré-vôo evita uma porcentagem imensa de acidentes. E neste pré-vôo, não
esquecer de olhar o combustível (antes de qualquer deslocamento da aeronave),
tanto em quantidade como em impurezas.
Voar, sempre que
possível, fora do limite da curva do homem morto, manter condição de vôo,
quando visual estimar com bastante precisão as distâncias necessárias.
Principalmente na aproximação, determinar a direção e
velocidade do vento e manter, sempre que possível, uma baixa razão de descida.
Assim como, também,
deve-se estar atento para os obstáculos terrestres (principalmente torres e
cabos), tráfego aéreo, pássaros (principalmente quando em bandos) e uma área
para um possível pouso de emergência.
CONDIÇÕES DE VÔO x PERFORMANCE
Determinados fatores devem ser observados quando se estuda a
performance de um helicóptero, e dentre destes pode-se destacar a velocidade de
deslocamento, peso, densidade e vento atmosférico.
VELOCIDADE: Um dos mais importantes aspectos na avaliação da
performance, pois com a variação da velocidade tem-se a variação do arrasto e
variação da eficiência do rotor (sustentação de deslocamento). E
necessariamente a variação da potência.
PESO: O maior ou menor peso tem uma variação direta no
ângulo de ataque das pás, maior peso maior ângulo o que implicará numa maior
solicitação de potência. Limitando por sua vez a velocidade de deslocamento,
altura do pairado, inclinação nas curvas e razão de subida.
DENSIDADE: Com a diminuição da densidade (varia com a
pressão, temperatura, altitude e umidade), tanto o motor como o rotor perde
eficiência e com esta perda faz-se necessário um aumento do ângulo de ataque,
que por sua vez implicará em uma maior solicitação de potência.
VENTO ATMOSFÉRICO: Um vento variando de moderado a “forte” é
benéfico para o vôo do helicóptero, principalmente em baixa velocidade, pois a
velocidade do vento aumenta a eficiência do rotor principal.
Em relação à temperatura (densidade)
Em relação à altitude (densidade)
Teto Operacional- Altitude máxima para o vôo pairado.
Teto de Serviço(Prático)- É maior que o operacional, voando
somente com deslocamento; tendo uma razão de subida igual a 100 FT/min.
Teto Absoluto- Voa somente com deslocamento, razão de subida
é igual a zero, onde a velocidade máxima, maior alcance e maior autonomia se
igualam.
MANOBRAS DE VÔO
1) DECOLAGEM PARA O VÔO PAIRADO
É a manobra executada pelo piloto, na
qual após a decolagem, manterá o helicóptero sem deslocamento, a uma altura que
deverá ser menor que a altura do Efeito de Solo (altura recomendada +/- 2
metros).
A) Acelere para RPM recomendada (para o
vôo);
B) Puxar o coletivo suave e
continuamente, trabalhando coordenadamente com a manete (para manter a RPM) e
pedal (para manter a proa);
C) Marque um ponto no solo, use o
cíclico para evitar o deslocamento horizontal (deve ser usado de acordo com o
vento - sentido contrário - e o CG - balanceamento do helicóptero);
D) Use os pedais para manter a proa,
que deve ser contra o vento;
E) Prestar especial atenção no Manifold
Pressure (mede a pressão de admissão do motor);
OBS: O vôo pairado exige uma grande
coordenação do piloto, que usará o cíclico para manter o helicóptero imóvel em
relação aos eixos lateral e longitudinal, o coletivo para manter a altura e
pedais para manter a proa. Sendo que a alteração de qualquer comando resultará
em uma ação coordenada nos demais.
2) GIRO NO VÔO PAIRADO
A) Mantenha o helicóptero sobre o ponto
escolhido anteriormente, utilizando o cíclico;
B) Mantenha a altura (Coletivo e
manete) e velocidade de giro (pedal) constante;
C) Iniciar os giros sempre pela
esquerda, se o helicóptero não girar pela esquerda, não tentar o giro pela
direita, pois poderá não haver força suficiente para pará-lo.
OBS: 1- Giro pela esquerda diminui a
RPM do motor (perdendo altura);
2- Giro pela direita aumenta a RPM do motor (ganhando altura);
3- Lembrar que em relação à proa do helicóptero, o vento sofrerá uma
alteração, dando a tendência de cabrar com vento de proa e picar com vento de
cauda.
3) VÔO OU ROLAGEM LATERAL
É a manobra realizada quando não é
possível girar o helicóptero para um deslocamento ou rolagem à frente (exemplo:
vento forte no qual uma mudança de proa exigirá maior potência do motor).
Deve-se manter o helicóptero sempre que possível aproado ao vento.
1- Marque duas referências externas, na
mesma linha, na direção do vôo e mantenha as duas alinhadas durante o vôo;
2- Para iniciar o vôo aplicar uma
pressão no cíclico na direção desejada;
3- Existirá uma tendência do
helicóptero em aproar o vento relativo, devendo esta ser anulada com a
utilização dos pedais (geralmente pedal contrário ao deslocamento).
4) VÔO PARA TRÁS
Manter um especial cuidado com os
deslocamentos para trás, a intensidade de comando é menor que para frente e a
distância entre piloto e rotor de cauda é relativamente grande, necessitando de
uma boa avaliação das distâncias e
uma boa clareada a área pretendida.
1- Marque duas referências à frente do
helicóptero, na mesma linha da proa;
2- Coloque o cíclico para trás e
mantenha as referências;
3- Cuidado com o rotor de cauda para
não bater em algum obstáculo ou no solo;
4- Muita atenção com os pedais, o vôo
para trás exigirá maior coordenação destes.
OBS: Vôos para trás devem ser evitados,
quando necessário deverão ser feitos a baixa velocidade.
5) DECOLAGEM NORMAL( Partindo do
pairado )
Paire o helicóptero aproado ao vento,
aumentado simultânea e suavemente a velocidade (cíclico para frente) e mantendo
a altura com o coletivo (puxar coletivo), tente manter a fuselagem o maior
tempo possível nivelada ao solo, evitando um arrasto desnecessário e uma
atitude muito “radical”.
1- Com o helicóptero no pairado cheque
o funcionamento do motor (potência necessária, disponível e RPM), ação dos
comandos e balanceamento;
2- Ao atingir a sustentação de
deslocamento o helicóptero começa a ganhar altura, ajuste a velocidade e pressão
de admissão para o recomendado (melhor razão de subida);
3- Com o aparecimento do vento relativo
será necessário diminuir a quantidade de comando do pedal esquerdo (vento
relativo ajuda a compensar o torque);
4- Um pouco antes de atingir a altitude
desejada, novamente ajustar pressão de admissão e velocidade para o vôo de
cruzeiro.
Velocidade x subida
6) DECOLAGEM COM VENTO DE TRAVÉS
Quando não for possível uma decolagem
com o vento aproado.
1- A deriva (tendência de deslocamento
do helicóptero), deve ser compensada com o cíclico, que deve ser inclinado na
direção contrária ao vento;
2- Manter a proa com os pedais,
pressionando o pedal do lado oposto ao vento;
3- Este procedimento deve ser mantido
até 50 ft no mínimo, quando o helicóptero deverá ser aproado ao vento, onde o
piloto deverá continuar com o procedimento de uma decolagem normal.
7) VÔO DE CRUZEIRO
Vôo de cruzeiro é aquele no qual são
mantidos constantes proa, velocidade e altura.
1- Quanto maior a velocidade maior a
potência necessária para manter a altura do vôo;
2- Aumentar o passo coletivo e mantida
a velocidade o helicóptero ganha altura, diminuindo o passo coletivo e mantida
a velocidade o helicóptero perde altura;
3- Aumentando a velocidade e mantido o
passo coletivo (potência) o helicóptero perde altura, diminuída a velocidade e
mantido o passo coletivo o helicóptero ganha altura;
4- O helicóptero é uma aeronave
instável, se uma rajada de vento provocar uma atitude diferente, esta tende a
acentuar-se cada vez mais, necessitando de uma interferência do piloto para
voltar à situação desejada. O piloto deve estar bem alerta e “voar” o
helicóptero o tempo todo.
8) CURVAS
As curvas aumentam o fator carga
consideravelmente e diminuem a sustentação, quanto menor o raio da curva, maior
o fator carga e menor a sustentação.
A) Curva Nivelada
1- Antes de iniciar a curva ou qualquer
manobra clareie a área pretendida;
2- Aplique o cíclico na direção
desejada, não usar pedal (pedal é para contrariar o torque);
3- De acordo com o grau de inclinação,
torna-se necessário o uso do cíclico à frente para manter a velocidade;
Derrapagem, a razão de giro é muito grande em relação à inclinação(curva
demasiadamente fechada) fazendo o helicóptero deslizar para fora do centro da
curva (centrífuga maior que centrípeta). É causada pelo excesso de pedal no
sentido da curva ou pedal insuficiente no sentido contrario da curva.
Glissada, a razão de giro é muito pequena em relação ao ângulo de
inclinação, fazendo o helicóptero deslizar para o centro da curva (centrípeta
maior que centrífuga). É causada pela insuficiência de pedal no sentido da
curva ou excesso no sentido contrário.
OBS: É possível ocorrer uma glissada no vôo reto nivelado, bastando um
lado do helicóptero estar mais pesado e a rota mantida pelo uso dos pedais,
técnica igual é usada para anular o vento.
B) Curva Subindo ou Descendo
O mesmo procedimento anterior, só que
com aumento ou diminuição de potência e/ou velocidade. Sendo que o helicóptero
tem a tendência de perder altura durante as curvas.
9) SUBIDA NORMAL A PARTIR DO VÔO DE
CRUZEIRO
1- Comande o cíclico para trás ou
aumente a potência, com as devidas correções;
2- Para nivelar ajuste a atitude do
cíclico (para frente) um pouco antes da altitude desejada;
3- mantenha a potência até a velocidade
de cruzeiro, então ajuste a potência para a nova altitude.
10) DESCIDA NORMAL A PARTIR DO VÔO DE
CRUZEIRO
1- Leve o cíclico ligeiramente à frente
ou diminua a pressão de admissão, com as devidas correções;
2- Para nivelar ajuste, um pouco antes
do pretendido, a atitude (cíclico para trás);
3- Manter a potência até a velocidade
de cruzeiro, então ajustar para a nova altitude.
11) APROXIMAÇÃO
É o procedimento compreendido entre o
vôo de cruzeiro e o vôo pairado (que neste caso deve ser feito dentro do efeito
de solo). A sustentação de deslocamento deve ser mantida por maior tempo
possível, independentemente do tipo de aproximação escolhido. Também o ângulo
de descida (rampa) deve ser mantido constante, para uma maior facilidade,
coincida um ponto da área de pouso com um ponto do helicóptero e manter os dois
coincidindo até o pouso.
Existem 03 tipos de aproximação:
pequeno, normal e de grande ângulo e a escolha deve ser feita levando-se em
consideração vários fatores, tais como: tamanho da área de pouso, obstáculos,
altitude densidade, direção e velocidade do vento, peso bruto do helicóptero e
potência disponível.
A) APROXIMAÇÃO DE PEQUENO ÂNGULO
É a aproximação utilizada quando da
necessidade de um pouso corrido (falta de potência, falta do rotor de cauda ou
excesso de peso), necessitando de uma área grande, plana e consistente. É feita
com +/- 5° a +/- 12° de ângulo de descida, perdendo-se mais altura que
velocidade.
1- Manter velocidade recomendada;
2- Baixar o coletivo (controlar o toque
no solo, que deve ser o mais suave possível);
3- Após o toque, não deixar que haja
uma mudança repentina na proa, que deve ser controlada com os pedais;
4- Não colocar o cíclico para trás,
antes da parada total do helicóptero (poderá decolar novamente ou bater com a
cauda no chão)
5- Após o toque baixar suave e
continuamente o coletivo, para que a parada total não seja muito brusca.
Visão do heliponto
B) APROXIMAÇÃO NORMAL
Aproximação feita com um ângulo de +/-
12°, a velocidade de aproximação deve ser mantida o maior tempo possível, até
+/- 50 ft, para evitar a curva do homem morto. Dependendo do peso, densidade e
vento a velocidade pode ser zerada (vôo pairado) a alguns metros antes da área
de pouso, para que se possa checá-la antes do toque.
Por suas características deve ser a
aproximação mais utilizada.
Perde-se velocidade e altura na mesma
proporção.
Visão do heliponto
C) GRANDE ÂNGULO
Este tipo de aproximação é usada quando
da existência de obstáculos, impedindo uma aproximação normal,
sendo também utilizada
para pousos em helipontos
elevados (edifícios, picos de morros e período noturno) evitando a área de
turbulência, já que os pousos devem ser feitos com vento de proa. É feita com
um ângulo de descida compreendido entre +/- 12° e +/- 20°, sendo realizada a
semelhança de uma aproximação normal, com o ponto de início de descida mais
próximo da área de pouso, perdendo-se mais velocidade que altura.
Visão do heliponto
OBS: Para um pouso em heliponto elevado é recomendada uma
aproximação de grande ângulo, evitando a área de turbulência criada pelo vento.
Exemplos
de aproximação em relação ao vento
12) POUSO
Após a aproximação, com o helicóptero no pairado, usa-se
o cíclico para anular a tendência em derivar e os pedais para manter a proa.
Feito isto, começa-se a baixar o coletivo, suavemente até o toque do
helicóptero com o solo.
13) POUSO CORRIDO
Este recurso é utilizado, após uma
aproximação de pequeno ângulo, em elevada altitude densidade, peso excessivo
(constatando que a potência disponível não será suficiente para um pouso
normal) ou uma pane no rotor de cauda logo após a decolagem. A área de pouso
ter tamanho suficiente, plana e compacta.
1- Manter a velocidade de aproximação
até +/- 50 ft;
2- Após a diminuição da velocidade o
helicóptero tende a perder altura rapidamente, tendência que deve ser anulada
com o uso do coletivo;
3- O trem de pouso deve estar paralelo
ao solo e alinhado com a trajetória descrita;
4- Após o toque utilizar os pedais para
que não haja uma mudança significativa e repentina na proa;
5- Mantenha o cíclico ligeiramente à
frente, caso contrário o helicóptero poderá decolar de novo, ou poderá ocorrer
um choque da pá com a cauda ou um choque do rotor de cauda com o solo.
6- Não baixe o coletivo repentinamente
e sim suave e progressivamente. No caso de um comando brusco ou repentino
haverá uma parada muito brusca do helicóptero, forçando todo o sistema de
transmissão desnecessariamente e podendo provocar uma pilonada.
14) DECOLAGEM CORRIDA
Quando os fatores de uma decolagem
normal não forem favoráveis, tais como: elevada altitude densidade ou excesso
de peso, pode-se optar por uma decolagem corrida, desde que a área seja plana,
compacta e de tamanho suficiente para tal.
1) Aproar o vento;
2) Antes da decolagem corrida tentar um
pairado momentâneo, se a potência não for suficiente para tal, não tentar a
decolagem corrida pois não haverá potência para esta;
3) A área à frente deve ser livre de
obstáculos, devido à pequena razão de subida;
4) Cíclico à frente, puxar o coletivo
para o helicóptero começar a deslizar no solo;
5) Ao atingir a sustentação de
deslocamento, cíclico ligeiramente para trás, o helicóptero decolará. Manter
uma pequena razão de subida, evitando curvas até uma altura segura (+/- 50 ft);
daí em diante entrar no envelope de vôo normal.
15) DECOLAGEM DE MÁXIMA PERFORMANCE
É a decolagem utilizada quando operando
em áreas restritas para ultrapassar os obstáculos existentes. Principalmente
para este tipo de decolagem é necessário que o piloto tenha em mente as limitações
de sua aeronave, direção e velocidade do vento, densidade, peso, posição do CG,
altura e distância dos obstáculos, para uma avaliação da possibilidade ou não
da manobra.
1- Aproar o vento;
2- RPM e potência para o máximo
permitido;
3- Cíclico ligeiramente à frente;
4- Após cruzar o obstáculo, estabelecer
um padrão normal de subida.
OBS: Neste tipo de manobra o
helicóptero permanecerá por um longo período dentro da curva do homem morto.
16) OPERAÇÃO EM ÁREA RESTRITA
Área restrita é qualquer área onde a
operação é limitada pela existência de obstáculos ou fatores adversos ao vôo do
helicóptero.
Onde o pouso ou decolagem são feitos
próximo a obstáculos, a ponto de causar turbulência.
1) Fazer uma passagem alta, avaliando
as dimensões da área de pouso.
1.a)Prestar atenção na direção e
velocidade do vento, na inexistência de um controle ou indicador de direção e
velocidade do vento (biruta) usar qualquer referência próxima à área de pouso
(árvores, mato alto, bandeiras hasteadas, roupa secando ou outra referência).
1.b) Observar a existência de fios
elétricos ou não na área de pouso.
2) Haverá uma área turbulenta sempre a
sotavento (depois) dos obstáculos, em caso de vento forte, também haverá
turbulência a barlavento (antes) dos obstáculos.
Fazer uma passagem baixa, confirmando
os itens da passagem alta e avaliar a potência necessária para o pouso.
3) Mantenha um baixo ângulo de subida
ou descida; é melhor ultrapassar um obstáculo próximo, porém com potência
sobrando, do que alto e sem potência de sobra.
4) Cuidado com o rotor de cauda,
livrá-lo de obstáculos até o pouso e no pairado evitar fazer giros sem antes
clarear a área.
Obs.:
1) Nunca pouse em um local onde não
tenha certeza da decolagem, principalmente em local com árvores muito altas e muito
próximas a área de pouso.
2) Planejar a trajetória de
aproximação, levando em consideração a possível falha do motor, neste caso onde
se poderia fazer um pouso forçado. Às vezes é mais interessante fazer uma
aproximação com vento de través, porém com uma área livre para um pouso em caso
de emergência.
17) POUSO EM TERRENO INCLINADO
Levar em conta a performance do
equipamento em uso, o que é pouco para um pode ser muito para outro.
1) Pousar sempre a 90° com a inclinação
do terreno, independentemente da direção do vento;
2) Baixar suavemente o coletivo, o
esqui do lado mais alto da elevação tocará primeiro, aplique o cíclico nesta
direção. Continuar baixando o coletivo e inclinando o cíclico até o esqui do
outro lado tocar o solo. Neste ponto, baixar o restante do coletivo, mantendo o
cíclico constante.
3) Manter RPM de decolagem, caso haja uma escorregada do Hel, a decolagem deve ser imediata.
18) AUTO-ROTAÇÃO
É a manobra que permite um pouso
seguro, em caso de falha do motor, pois o piloto tem um completo comando sobre
o helicóptero.
1) O ponto para o pouso em auto-rotação já deve ter sido
estabelecido, mesmo com o motor em funcionamento;
2) Comandar coletivo em mínimo imediatamente,
provavelmente aplicar o pedal direito e fechar toda a manete de RPM;
3) Manter a velocidade dentro do recomendado para
estabelecer a melhor razão de descida, pois a velocidade passa a ser o controle
primário de altura (para a maioria dos helicópteros 50 a 60 MPH);
4) Não utilizar, em hipótese alguma os pedais durante as
curvas, a utilização destes, principalmente o esquerdo diminui a velocidade do
helicóptero e consequentemente a RPM;
5) Evitar o pouso com vento de cauda;
6) Na altura recomendada pelo fabricante (+/- 50 ft) faça
o flare (cíclico para trás), mantenha sempre o horizonte a vista. Haverá um
aumento momentâneo da RPM;
7) Com a velocidade próxima do zero e prestando atenção
para que a cauda do helicóptero não bata no chão ou em algum obstáculo, nivelar
a atitude do helicóptero, levando o cíclico à frente;
8) Sem velocidade o helicóptero começará a perder altura
acentuadamente, puxe o coletivo para amortecer o pouso. Caso a puxada do
coletivo seja demasiada, o helicóptero começará a subir perdendo RPM, o que
configura uma situação bastante drástica.
Faça
o teste GR IV
Nenhum comentário:
Postar um comentário